Cachoeira do Caixão, 70 metros, Arroio Sepultura, Ilhéus, Vila Seca, Caxias do Sul. Estava na reunião da ACM na Quinta e perguntei se alguém estava a fim de encarar um rapel longo e caminhada para o feriado de Caravagio, e o Lucas Hainzenreder Longhi se prontificou. Era um acompanhamento final do curso de escalada do Ricardo Varela, que levou sua namorada Taís. Partimos de Caxias cerca de 09 horas em direção à chácara do Samuel Finger, que viria mais tarde. Chegamos na fazenda e fomos recepcionados com um cafezinho pra orientar a galera. Logo partimos para montar o rapel e verificar se havia comprimento de corda suficiente. Tivemos que rebaixar ao máximo a linha de rapel e também deslocarmos o ponto de ancoragem para não descermos no meio do lago no pé da cascata (a intenção inicial era realizarmos um rapel guiado atravessando por cima do lago, mas as cordas eram curtas). Tudo pronto e sem conseguir visualizar se as cordas chagavam ao chão descemos o Lucas e eu. Observando a beleza da cachoeira refletida pelo sol, descemos devagar curtindo e fotografando. O Lucas só chegou ao chão devido ao alongamento da corda. Passamos um rádio comunicando o fato e liberamos o Ricardo e a Taís (que estava fazendo seu primeiro rapel) para descerem. Demonstrando muita coragem Taís desceu tranquilamente e ambos chegaram em segurança na base, e muito molhados. Breve pausa para lanche, troca de camisetas e uma torcida nas meias e logo iniciamos a subida. Esperávamos uma mata fechada sem trilhas, como ocorreu em outro momento, mas descobrimos uma trilha bem batida e chegamos rapidamente até um mirante desconhecido, perto do topo da cascata. Descansamos ali observando um enorme paredão com muitas chances de escaladas e alguns boulders para serem abertos, enquanto secavam meias e camisetas. Logo o Samuel chegou, confraternizamos com a cachaça de gengibre com mel preparada pelo Thomas e logo em seguida recolhemos as cordas e viemos embora. Recepcionados com mais um belo café, conversamos com os proprietários até anoitecer. Saímos agradecidos pela hospitalidade tradicional dos Finger e felizes pela aventura vivida.
Texto: Juliano Perozzo