Em homenagem ao Dia dos Namorados, no Brasil comemorado hoje, dia 12 de junho, entrevistamos o casal de escaladores Renata De Boni Dal Corno e Gustavo Aver!
Vocês começaram a escalar juntos? Se não, como cada um começou e como se conheceram?
Nós nos conhecemos dentro do curso de biologia, e começamos a namorar à mais de 11 anos, algum tempo antes de conhecer a escalada. O Gustavo começou a escalar antes, indoor com alguns amigos e depois na Gruta da 3ª Légua. Um dia ele me convidou para ir junto e experimentar, ver se eu gostava. Fui direto pra rocha e curti muito, então comecei a ir escalar indoor, lá no Jimão. Com o tempo os companheiros de escalada foram mudando e nós continuamos escalando juntos.
Vocês costumam treinar juntos?
Sim, costumamos montar treinos de resistência ou de força juntos, cada um focando nos seus objetivos de projetos, mas como nossos horários são próximos, sempre vamos juntos para o treino. A vantagem é sempre ter alguém pra dar seg, marcar o tempo ou apontar as agarras pra treinos mais longos.
Costumam fazer viagens para escalar juntos?
Sim, além dos setores perto de Caxias, e alguns mais distantes como Cotiporã, Monte Belo. Já fomos à Laguna – SC, conhecer a área de boulder e, no ano passado, fomos à Caçapava do Sul com um grupo de amigos escaladores, onde acampamos durante o feriado e escalamos todos os dias. Ainda esse ano estamos organizando uma viagem para a Serra do Cipó, em julho, e por isso o treino tem que ser mais intenso para se preparar para vários dias de escalada.
Estão com algum projeto atualmente? Onde/Qual?
Temos sim, alguns na verdade, hehe. O Gustavo tem alguns projetos no Salto Ventoso e na Gruta, como por exemplo O Herege (9a – Br ) e Premonição (9a – Br). A Renata também está com projetos nesses setores, no Salto, Celulite Abdominal (8a – BR) e na Gruta, Utensílio da Igreja (8a – Br).
Ter um namorado ou namorada na seg dá mais incentivo para a cadena?
Sim e não, hahaha. Incentiva claro, principalmente por poder dividir a conquista de uma cadena com a pessoa que tu gosta, mas as vezes a pressão é maior, a gente cobra muito mais do outro, por saber que ele consegue, e isso pode gerar alguns atritos…mas que passam logo.
Rola algum tipo de “zoação” quando um consegue e outro não mandar uma via ou fazer algum movimento mais difícil?
Entre a gente não tanto, mas zoação dos outros sim. As vezes rola uma competição, entre quem faz um boulder antes, ou então algum movimento que é mais fácil pra um do que para o outro, principalmente na academia. Aí sim, rola de contar a quantidade de boulder que um fez antes que o outro. Mas é uma competição amigável…
Teve algum projeto em comum que um conseguiu realizar e logo após o outro também?
Algumas, lembramos de uma em especial, a Balões (7c) na Gruta, em que eu (Renata) já havia isolado toda a movimentação, mas tinha dificuldade de completar, e um dia o Gustavo, que não é muito fã de vias com passadas de aderência, resolveu entrar e mandou, e na sequencia eu entrei e foi. A vibe da cadena dele me deixou mais motivada e fluiu como nunca.
Quando estão descontraídos, vocês costumam falar sobre escalada?
Sim, bastante, assistimos vídeos de outros escaladores, ou campeonatos, ou mesmo buscando lugares novos para escalar. A escalada é uma atividade muito importante para nós, porque nos permite desligar um pouco de todo o estresse do trabalho. A prática de um esporte ao ar livre nos aproxima ainda mais da natureza e, como biólogos, isso sempre foi algo importante das nossas vidas.
Agradecemos ao Gustavo e a Renata por compartilharem conosco um pouco de sua história! Parabéns a todos os casais neste dia, em especial aos aventureiros, escaladores e montanhistas!